Pobres em Oklahoma durante a Grande Depressão
Martin Luther King tinha lido Marx quando estava em Morehouse, mas embora rejeitasse o “capitalismo tradicional”, rejeitava também o comunismo por causa “de sua interpretação materialista da história” que nega a religião, seu “relativismo étnico” e seu “totalitarismo político”.,
a campanha dos pobresEditar
a partir de novembro de 1967, King e a equipe da Southern Christian Leadership Conference (SCLC) se reuniram para discutir a nova legislação, os motins raciais (hot summers) e a aparição do Black power. Eles decidiram então organizar a campanha do povo pobre (a campanha dos pobres), a fim de lutar pela justiça social. Qualificada pelo pastor como a “segunda fase no movimento dos direitos civis”, pretendia combater a pobreza, analisando sua origem e não se restringindo apenas à defesa dos afro-americanos., King afirmou então:
“não devem ser apenas as pessoas negras, mas todos os pobres. Devemos incluir os ameríndios, os porto-riquenhos, os mexicanos e, inclusive, os pobres brancos”.
No entanto, a campanha não foi apoiada por todos os líderes do movimento dos direitos civis, incluindo Bayard Rustin., A sua oposição baseava-se em argumentos relativos ao facto de os objectivos da campanha serem demasiado amplos, as exigências irrealizáveis e que isso aceleraria o movimento de repressão contra os pobres e os negros.
Martin L. King percorreu o país de ponta a ponta para reunir um “exército multirracial dos pobres”, que marcharia para Washington e iniciaria uma desobediência civil no Capitólio, que duraria se necessário até que o Congresso assinasse uma”declaração dos Direitos humanos do pobre”. O Reader’s Digest falaria de uma “insurreição”.,
Esta “Declaração dos pobres” exigia um programa de empregos do governo para reconstruir as cidades americanas. Martin L. King via uma necessidade urgente de enfrentar o Congresso, que havia demonstrado sua “hostilidade aos pobres” ao “distribuir os fundos militares com generosidade”, mas dando “fundos aos pobres com ganância”.,
sua visão era a de uma mudança que fosse mais revolucionária que uma simples reforma: citou os defeitos sistemáticos do racismo, da pobreza, do militarismo e indicou que “a mesma reconstrução da sociedade era o verdadeiro problema que havia que resolver”.
O assassinato de Martin Luther King, em abril de 1968 afetou a campanha. Ela começou em maio, culminando com uma marcha sobre Washington, sem atingir seus objetivos.